Aumento de residenciais usados em 2024 foi de 11,5% em média na comparação com o ano anterior, a
terceira maior alta entre capitais brasileiras
O mercado imobiliário de Goiânia continua figurando entre os de maior valorização médias no País. O preço de venda de imóveis residenciais usados na capital goiana aumentaram, em média, 11,5% ao longo do ano passado, a terceira maior alta entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo índice FipeZap. Mudanças nos últimos anos nos Planos Diretores municipais, que desestimularam investimentos e reduziram a oferta em algumas regiões, projetos cada vez mais sofisticados e terrenos e custo de construção mais caros estão entre as causas da alta.
Os resultados do índice acompanham os preços de apartamentos prontos em até 56 cidades, incluindo 22 capitais, em levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo, lembra que, apesar do índice medir a evolução dos preços de empreendimentos prontos e entregues, ele reflete o que acontece no segmento dos novos. “Se o que está sendo entregue está subindo, o usado também valoriza, o mesmo que acontece com veículos”, avalia.
Entre os motivos, segundo ele, está a pressão do aumento do custo de matérias-primas e da mão de obra, o que deve continuar acontecendo até pelo processo inflacionário no País. “Nossa perspectiva é de que esta alta do dólar ainda não bateu em alguns insumos e que deve haver mais pressão sobre os custos da construção”, prevê. Outro ponto é o Plano Diretor, que restringiu algumas manchas de adensamento na capital, como nos setores Bueno, Marista e Oeste. “Mas alguns projetos que já haviam sido aprovados serão construídos nestes bairros com as regras do plano anterior, pois o alvará emitido após a aprovação dá dois anos para iniciar a construção”, explica. Além disso, houve uma alteração legislativa que permitiu a prorrogação por mais dois anos para desafogar um pouco a cidade do grande número de construções. Para o presidente da Ademi-GO, os projetos que serão lançados puxarão os preços ainda mais para o alto porque são bairros onde há maior demanda pelas comodidades. Por isso, a estimativa é que a valorização se mantenha em 2025 e 2026, que está acima da inflação.
Fonte: OPopular